Tem artista cuja vida parece e merece virar filme. Afinal a trajetória de cada um deles traz dor, sofrimento e alegria em dose certa para garantir tramas envolventes e até mesmo a emoção que conseguem passar nas canções que falam de si mesmos. Pedro Paulo que o diga. Não, ele não criou calos na lida da roça. Muito menos pintou paredes, a exemplo de ídolos sertanejos que tiveram histórias contadas nas telas do Brasil e do mundo. Desde pequeno sua lida é outra: a colheita: a de canções, que acabaram direcionando sua vocação nem bem ele se entendeu por gente. "Meu pai precisou me emancipar aos 10 anos, para que eu pudesse viajar sozinho, fazendo shows", lembra o cantor, que lança agora seu 3º cd solo!

 

            Pena que as rádios brasileiras não cultivam o salutar hábito de, sempre que tocam uma canção, dizer quem é seu compositor. Fosse assim, o nome de Pedro Paulo já teria alcançado a merecida fama antes mesmo de ele buscar as paradas como cantor. "Tenho em torno de 400 composições gravadas por outros intérpretes", contabiliza ele, sem considerar as inéditas ainda à espera de uma voz. Entre as duplas que registraram criações de Pedro Paulo estão Zezé Di Camargo & Luciano ("Paguei pra ver" e "Deu ocupado de novo"), Edson & Hudson ("Abre a janela", "Amor e ilusão" e "Chocolate com pimenta" e Luiz Cláudio e Giuliano ("Eu sou peão"). "Esta última tocou bastante por ser tema da novela 'América' (TV Globo, 2005)",  Rio Negro e Solimões, Mato Grosso e Mathias, Cesar menotti e Fabiano, Frank Aguiar, Bonde do Forró entre outros grandes artistas, lembra ele.

 

         Determinação, garra e a benção de Deus fizeram da música um caminho definitivo em sua vida.